Olá, irmãos, a Paz e a Graça do nosso Senhor Jesus Cristo!
No post anterior, falei que para provar hoje em dia que sou dono de um apartamento, basta mostrar uma escritura lavrada em cartório. Inclusive para provar a ateus e ímpios. Porém, esses mesmos ateus não acreditam num outro papel com escritos também, que diz que é a palavra de Deus: a Bíblia.
O que quero que fique claro, com a graça de Deus, é que para efeito de prova para o ímpio, a Palavra de Deus é um papel e a escritura do meu apartamento é outro papel. Só que ele acredita na minha escritura, mas não acredita na Escritura de Deus. Por que? Ora, se ambos são papéis, mas ele tem um como verdadeiro e outro não, a conclusão é que algo anterior o fez crer assim, isto é, a sua pressuposição, o seu preconceito, a sua religião, a sua fé.
Para o ímpio, faltam-lhe provas. Mas para quem pensa um pouco, chegamos a conclusão que falta fé mesmo: fé na Palavra de Deus, pois no papel do cartório ele tem (como mostrado no primeiro post).
Mas, vamos continuar o raciocínio (não deixe de ler o post anterior). Por que o cartório tem fé pública? Porque alguém com poder para tal fez isso. Se alguma instituição tem autoridade de dar fé pública é porque a recebeu de outro maior. Esse maior, vale dizer, tem fé pública também.
De modo que podemos prosseguir de fé pública em fé pública até chegar ao documento que dele emana todas as autoridades que sustentam o Estado e suas instituições: a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 – CF88.
É a CF88 que instituiu o Estado, a União e seus poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) etc.. Mas ela é só um papel. Só um livro. Para o ímpio, não deveria ter diferença nenhuma – em termos de autoridade – para o livro chamado Bíblia, isto é, não deveria ter poder nenhum. Apesar disso, o ímpio acredita nela (CF88) fielmente, religiosamente. Ele mesmo concorda que deve ser anulada/revogada toda e qualquer lei que bater de frente com a CF88. Mas na Bíblia o ímpio simplesmente não acredita!
Como disse o renomado Ferdinand Lassalle, “Todos esses fatos demonstram que […] uma Constituição deve ser qualquer coisa de mais sagrado, de mais firme e de mais imóvel que uma lei comum” (Fonte Digital: Que é uma Constituição? Edições e Publicações Brasil, São Paulo, 1933), apesar dela ter sido votada no Congresso assim como as outras leis.
O ímpio ainda pode fazer muitas perguntas: a CF88 foi editada por quem? Quem tinha autoridade para escrevê-la? Qual foi o outro livro (anterior a CF88) que deu autoridade para que uma nova CF fosse escrita pelos homens que a escreveram? Vemos que isso não tem solução lógica. A única solução para isso é alguém dizer: “é assim e pronto”. Em outras palavras: “eu creio”.
A Bíblia é a Palavra de Deus. Isso todo cristão sabe. E isso é um axioma. Axioma é algo, geralmente bem básico, que não se pode provar, mas é aceito para a construção de algo mais complexo. Lembro ainda hoje quando meu professor de Física 1 da faculdade disse: “axioma é um ato de fé”.
Funciona assim: a CF88 é um axioma. Ela dá fé pública aos órgãos e instituições. Algo maior dá fé (testifica) a algo menor. Por exemplo, o tabelião dá fé na escritura do cartório. Mas alguém deu fé ao tabelião para que pudesse testificar escrituras.
Portanto, Deus (O Tabelião) atestou as Escrituras. Mas quem atestou Deus? Quem é maior que Ele para que O possa atestar? Qual Instituição pode dizer: “dou fé a Deus para que Ele possa escrever as Escrituras”? Como Paulo disse: “quem foi seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado?” (Romanos 11:34-35).
Deus mesmo, através das Suas Escrituras, já nos explicou isso:
“Pois, quando Deus fez a promessa a Abraão, visto que não tinha ninguém superior por quem jurar, jurou por si mesmo, dizendo: Certamente, te abençoarei e te multiplicarei” (Hebreus 6:13-14).
Ou seja, para que Deus prove para qualquer pessoa (seja homem, anjo, qualquer um no Universo físico e espiritual!) que as Escrituras são as Suas palavras, basta Ele dizer que é. A garantia é Ele mesmo. Ele é a Verdade. Deus não precisa de algo maior que Ele (até porque não há) para “certificar e dar fé” que Ele fala a Verdade.
Portanto, concluímos, que a Bíblia é a Palavra de Deus porque nela está escrito isso (Hebreus 4:12; 2 Timóteo 3:16; Romanos 15:4; 2 Pedro 1:20-21; João 1:1; e muitos outros).
O ímpio que pede provas de que a Palavra de Deus é realmente de Deus age como um louco, simplesmente porque é como se um macaco tivesse de testificar um teorema matemático. É um paradoxo tratar de provas na esfera de definições. Não podemos olhar o significado de uma palavra no dicionário e pedir provas da sua veracidade, a menos que sejamos loucos.
Se não é possível provar, ou melhor, se é loucura exigir isso, os ímpios não deveriam ridicularizar o cristão por crer nisso, sob pena de se tornarem mais loucos ainda.
Ímpio, se você não crer que a Bíblia é a Palavra de Deus, você é um preconceituoso e injusto. Se você não se arrepender dos seus pensamentos vãos, irá passar uma eternidade no inferno. “Produzi pois, frutos dignos de arrependimento” (Mateus 3:8), é o que diz o Senhor Deus.
Que Deus nos dê discernimento e sabedoria para a Glória do Seu Nome, que é “sobre todo Nome” (Filipenses 2:9).